Conforme o advogado Carlos Alberto Arges Junior, a prescrição é um instituto jurídico que extingue a punibilidade de um crime após um determinado período, estabelecido por lei. Esse conceito está fundamentado na ideia de que o Estado não pode perseguir indefinidamente um indivíduo por um delito cometido, especialmente quando o passar do tempo enfraquece as provas, a memória das testemunhas e o interesse social na punição.
Como funcionam os prazos de prescrição?
Os prazos de prescrição variam segundo a gravidade do crime. No Brasil, o Código Penal estabelece que o prazo é calculado com base na pena máxima prevista para o delito, por exemplo, crimes com penas menores prescrevem mais rapidamente, enquanto crimes mais graves têm prazos mais longos. O prazo começa a contar a partir da data em que o crime foi cometido ou, em alguns casos, da data em que a ação penal poderia ter sido iniciada.
O Dr. Carlos Alberto Arges Junior explica que a prescrição pode ser interrompida ou suspensa em determinadas situações. A interrupção ocorre quando há alguma manifestação do Estado ou do acusado que demonstre o andamento do processo, como o recebimento da denúncia ou a pronúncia do réu. Nesses casos, o prazo é reiniciado. Já a suspensão pode ocorrer em situações específicas, como quando o réu é menor de 21 anos ou maior de 70 anos, ou quando ele está fora do país sem condições de retornar.

A prescrição é aplicável a todos os crimes?
Nem todos os crimes estão sujeitos à prescrição. Crimes considerados imprescritíveis, como o racismo e a ação de grupos armados contra o Estado democrático, não têm prazo para serem punidos. Esses crimes são tratados com maior rigor devido ao seu impacto social e à necessidade de manter a ordem pública. Além disso, crimes de lesa-humanidade, como genocídio e crimes de guerra, também são imprescritíveis segundo tratados internacionais.
Como destaca o Dr. Carlos Alberto Arges Junior, a prescrição extingue a punibilidade do crime, ou seja, o acusado não pode mais ser processado ou punido pelo delito cometido. No entanto, isso não significa que o crime deixa de existir ou que o acusado é considerado inocente. A prescrição apenas impede que o Estado continue a perseguição penal, e não afeta eventuais ações cíveis, como pedidos de indenização por danos morais ou materiais.
Como a prescrição é vista pela sociedade?
Como considera o advogado Carlos Alberto Arges Junior, a prescrição é um tema que gera debates na sociedade. Por um lado, ela é vista como uma garantia fundamental para evitar abusos do Estado e garantir a efetividade da justiça, mas por outro, críticos argumentam que a prescrição pode beneficiar criminosos, especialmente em casos de grande repercussão, onde a demora do sistema judiciário impede a punição.
Esse dilema reflete a complexidade de equilibrar os direitos individuais com o interesse coletivo na aplicação da justiça. Sua aplicação deve ser cuidadosamente analisada, considerando a gravidade do crime e o interesse público, já que em um sistema jurídico justo, a prescrição cumpre o papel de harmonizar a necessidade de punição com os princípios fundamentais do Estado Democrático de Direito.
Portanto, para o Dr. Carlos Alberto Arges Junior, a prescrição é um instituto essencial no Direito Penal, pois garante que a justiça seja aplicada de forma equilibrada. Ela protege os direitos individuais do acusado e contribui para a segurança jurídica da sociedade. Se você deseja saber mais sobre seus direitos ou precisa de orientação legal, procure um advogado especializado.
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