A geração distribuída de energia tem transformado a forma como consumidores produzem, consomem e gerenciam eletricidade. Logo no início dessa análise, o administrador de empresas Fernando Trabach ressalta que esse modelo representa uma verdadeira revolução no setor elétrico, promovendo economia, sustentabilidade e mais liberdade para residências, comércios e produtores rurais.
Geração distribuída de energia e seus benefícios diretos
A geração distribuída de energia ocorre quando o próprio consumidor produz parte ou toda a eletricidade que utiliza, geralmente por meio de sistemas solares fotovoltaicos instalados em telhados, terrenos ou fachadas. Essa energia gerada localmente é consumida diretamente, e o excedente pode ser injetado na rede, gerando créditos que abatem o consumo em períodos de menor geração.

A principal vantagem está na redução das contas de luz. Ao diminuir a dependência da energia fornecida pelas distribuidoras, o consumidor ganha autonomia financeira e previsibilidade nos gastos. Segundo Fernando Trabach, essa economia tem sido essencial para milhares de famílias e empresas que enfrentam tarifas elevadas ou instabilidade no fornecimento.
Além disso, o modelo de geração distribuída permite aproveitar melhor os recursos naturais locais, como a alta irradiação solar em muitas regiões brasileiras. Isso contribui diretamente para a sustentabilidade do sistema elétrico e para o fortalecimento da transição energética nacional.
Sustentabilidade, inovação e impacto ambiental positivo
A geração distribuída de energia, especialmente por fontes renováveis como a solar, tem impacto ambiental muito inferior ao dos sistemas convencionais. Ao evitar o uso de combustíveis fósseis, essa prática reduz as emissões de gases de efeito estufa e a pressão sobre hidrelétricas em períodos de estiagem.
Esse modelo também favorece o surgimento de tecnologias limpas e inovadoras, como sistemas de armazenamento por baterias, microinversores e monitoramento remoto da produção energética. Conforme Fernando Trabach, essa inovação tecnológica tem impulsionado novos mercados, como o de integradores e instaladores solares, além de ampliar a geração de empregos verdes.
A consciência ambiental entre os consumidores também é fortalecida, já que a geração distribuída aproxima a sociedade dos temas de eficiência energética, consumo responsável e valorização dos recursos naturais.
Aspectos regulatórios e incentivos ao setor
Nos últimos anos, o Brasil avançou na criação de marcos legais para incentivar a geração distribuída. A Lei 14.300/2022, conhecida como Marco Legal da Geração Distribuída, estabeleceu regras claras para a compensação de energia e segurança jurídica para quem investe no setor.
Programas de financiamento específicos também foram criados por bancos públicos e privados, facilitando o acesso a sistemas fotovoltaicos. A isenção de ICMS em alguns estados e a simplificação de processos de conexão à rede elétrica têm sido fundamentais para acelerar a adoção da tecnologia.
De acordo com Fernando Trabach, a continuidade dessas políticas é essencial para garantir previsibilidade e atratividade ao consumidor. Sem estímulos adequados, há o risco de desaceleração no crescimento de um setor que já provou ser viável, sustentável e benéfico para a economia nacional.
Desafios futuros e perspectivas de expansão
Mesmo com os avanços, alguns desafios ainda precisam ser superados. O alto custo inicial de instalação pode ser uma barreira para consumidores de baixa renda, embora a economia gerada a médio prazo compense o investimento. A capacitação de mão de obra especializada também é um ponto a ser aprimorado, especialmente em regiões do interior do país.
Com o avanço tecnológico e o aumento da competitividade entre empresas do setor, a tendência é de redução nos preços e ampliação do acesso à geração distribuída. As perspectivas para os próximos anos são positivas, especialmente com a possibilidade de novos modelos como comunidades energéticas, que permitem o compartilhamento da energia gerada entre diferentes consumidores.
Conforme avalia Fernando Trabach, a geração distribuída de energia representa um dos caminhos mais sólidos para democratizar o acesso à energia limpa, fortalecer a independência do consumidor e tornar o sistema elétrico mais eficiente, justo e ambientalmente responsável.
Autor: Kalazah Eleri